sábado, 8 de outubro de 2011

Sertão Produtivo mostra riqueza artística em Brumado


A noite de abertura da Conferência Territorial do Sertão Produtivo, no Colégio Modelo de Brumado, realizada ontem, foi uma das mais diversificadas já registradas pela Caravana Camarão desde o início dos trabalhos, há duas semanas, em Conceição do Jacuípe.

Primeiro, porque o auditório estava lotado, com vinte a trinta pessoas em pé por falta de mais lugares (aliás, um centro cultural é uma das necessidades da região). Segundo, porque uma grande diversidade da riqueza artística do território esteve presente no palco e na exposição de arte e artesanato montada no hall do colégio.

Houve balé do grupo Expressarte, o grupo de flauta doce e a banda da Sociedade Filarmônica Maestro Lindemberg Cardoso, de Livramento; o maculelê, a puxada-de-rede e a capoeira do Ponto de Cultura Adote um Capoeirista, de Brumado, o recital dinâmico da Academia de Letras e Artes de Brumado, entre outras manifestações que foram aplaudidas de pé.

“Dois terços da Bahia é sertaneja. A Bahia é do tamanho da França”, observou o diretor geral do Ipac, Frederico Mendonça. O prefeito de Brumado, Eduardo Vasconcelos, lembrou que, na sua infância, quando alguém pegava o trem para ir a Salvador, dizia que estava descendo para a Bahia. ”Somos muito diferentes do recôncavo”, ressaltou Vasconcelos.

A riqueza artística do território, que possui vinte e cinco comunidades quilombolas, contrasta com a estrutura existente. Faltam teatros, salas de espetáculo, centros culturais e outras vitrines. A Secult financia sete projetos no território, 0,65% do total da Bahia. Há 16 bens tombados pelo Ipac, entre eles a Casa de Anísio Teixeira, de Caetité, e cinco pontos de cultura.

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